Nos últimos anos, com a ascensão da internet e das redes sociais, os crimes digitais se tornaram uma ameaça e estão cada vez mais presentes na vida dos brasileiros. Conforme dados recentes divulgados pela Pesquisa Nacional do Instituto DataSenado, cerca de 24% dos brasileiros, ou seja, aproximadamente 1 a cada 4, foram vítimas de golpes digitais nos últimos 12 meses. No Rio Grande do Sul, a estatística não é diferente, cerca de 26% da população caiu em algum golpe.
Ataques que roubam dinheiro ou a identidade da vítima e, a partir disso, o acesso a dados pessoais, como número de cartão de crédito, informações bancárias ou senhas , clonagem de cartões, golpe do emprego, falso Pix, centrais telefônicas de criminosos, fraudes de identidade e até golpes que envolvem criptomoedas são alguns dos crimes que têm atingido tanto instituições bancárias tradicionais quanto inúmeras pessoas.
De acordo com o chefe do Procon de Caxias do Sul, Jair Zauza, a cidade apresenta um enorme histórico de pessoas que procuram o órgão de proteção e defesa do consumidor após terem sido vítimas de algum golpe. Zauza evidencia que, apesar de não se ter um levantamento concreto sobre os números, eles devem ser semelhantes aos apresentados no Estado e no país, além de pessoas de baixa renda serem as mais suscetíveis a esses crimes.
Zauza salienta as principais ações sugeridas pelo Procon para que as pessoas se protejam dos crimes digitais; entre elas, estar atentas às propostas oferecidas, além de manterem a segurança dos dados com senhas fortes.
Além do apoio do Procon, qualquer cidadão que for vítima de crimes digitais deve procurar uma delegacia próxima. Atualmente, a legislação para os crimes virtuais existe e ajuda a Polícia Civil a tratar de forma mais correta esse tipo de ocorrência digital. Por enquanto, são três tipos configuradas dentro do estelionato digital: furto mediante fraude, estelionato virtual e criptoestelionato. Para essas ocorrências, as penas são de quatro a oito anos de reclusão. Em Caxias do Sul, as investigações são feitas pela 1ª, 2ª e 3ª Delegacias de Polícia.