Desde 2015, o Brasil adotou o sistema de bandeiras tarifárias para regular o consumo e equilibrar a geração de energia elétrica em momentos de maior ou menor oferta. Com uma matriz energética predominantemente renovável, o país busca alternativas não poluentes para suprir suas necessidades. Em agosto, a bandeira tarifária é verde, o que significa que não haverá acréscimo na cobrança de energia elétrica. Essa decisão se baseia no período regular de chuvas, em todas as regiões do Brasil, incluindo o centro-oeste, onde as cabeceiras dos rios receberam uma precipitação significativa. Esse fluxo de água adequado contribui para manter os preços estáveis, quem explica é o economista Mosár Leandro Ness.
Ainda segundo o economista, essa notícia também impacta o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), pois evita aumentos que poderiam afetar a inflação nos próximos meses. Ele também pondera que apesar dos desastres recentes terem afetado parte da infraestrutura do Estado, o setor elétrico conseguiu se manter estável. Portanto, os consumidores podem ficar tranquilos quanto aos custos de energia, no próximo mês. Pois, a sustentabilidade e a eficiência na geração elétrica foram essenciais para esse resultado. O economista ainda cita algumas fontes de energia brasileira, cuja matriz energética é composta por 84,8% de fontes renováveis e, apenas, 15,2% de fontes não renováveis. Conforme o economista, comparado ao cenário global, onde apenas 28% das fontes são renováveis, o Brasil se destaca pelo compromisso com a sustentabilidade.
Mosár ainda esclarece que 61,9% da energia brasileira é gerada por usinas hidráulicas. E que durante períodos de estiagem, o fluxo reduzido de água afeta essa geração, levando a alternativas mais caras. Com relação ao sistema de bandeiras tarifárias, que regula o consumo, por meio de preços diferenciados, ele acredita que isso estimula a economia de energia e evita o desperdício. O economista, ainda, cita a expansão de fontes renováveis de energia no país, a exemplo da energia solar, que representa mais de 4% da geração total; e da energia eólica, cujas turbinas aproveitam ventos abundantes, em algumas regiões do Brasil. Neste sentido, ele acredita que o país segue na direção certa, ou seja, investindo em fontes limpas para garantir um futuro energético sustentável.