A safra de pêssego na Serra Gaúcha é considerada uma das maiores, com cerca de 3.600 hectares dedicados somente à produção do pêssego de mesa. Embora nos últimos anos tenha havido uma queda na produção, com uma redução de 40% no ano passado, a expectativa para este ano é otimista, com previsão de que sejam colhidas 60 mil toneladas da fruta.
Fatores climáticos, como oscilações entre dias frios e períodos de calor sem chuva, além de dias sem radiação solar, influenciaram uma floração precoce. No entanto, as geadas afetaram significativamente algumas variedades, o que praticamente zerou o potencial de produção de algumas cultivares prestes a serem colhidas.
O engenheiro agrônomo e extensionista rural da Emater Regional de Caxias do Sul, Enio Todeschini, aponta que a previsão é de uma safra dentro da normalidade, com o final da colheita dos frutos precoces. Todeschini também observa que a ameixa terá uma produção menor e deve ser mais impactada que o pêssego neste ano.
Além disso, as principais variedades de pêssego de ciclo médio, como o Chimarrita, estão no período de maturação e devem ser colhidas em breve. Entre os principais desafios para essa safra de frutos com ciclo médio e longo estão o risco de granizo, problemas sanitários por conta da umidade, e a infestação de mosca-das-frutas.
Atualmente, o município de Pinto Bandeira é o maior produtor de pêssego de mesa na região, com 900 hectares e uma produção de aproximadamente 18 mil toneladas.