Nas últimos semanas, circularam especulações sobre possíveis mudanças na multa de 40% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), paga aos trabalhadores em caso de demissão sem justa causa. A discussão ganhou força após declarações do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre possíveis alterações no planejamento da pasta, voltadas para a revisão de gastos públicos.
De acordo com o advogado trabalhista Flávio Luis Santa Catharina, surgiram rumores de que parte da multa de 40% poderia ser direcionada ao custeio do seguro-desemprego, em um esforço para readequar os gastos públicos. No entanto, o especialista ressaltou que essas informações ainda são meramente especulativas.
“Percebi que isso começou a ser especulado após o Ministro Haddad mencionar algumas mudanças no planejamento de sua pasta, o que gerou uma reação nas discussões sobre o orçamento federal. Contudo, até o momento, não há confirmação oficial sobre qualquer mudança nesse sentido”, afirmou Santa Catharina.
Ele ainda destacou que o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho chegou a ser questionado sobre o tema e negou que existam propostas nesse sentido. Marinho afirmou que não foi apresentada nenhuma medida oficial e que, caso algo fosse proposto, ele seria contra qualquer alteração nas condições atuais.
“Não há nenhum texto concreto sobre essa possível mudança. Portanto, não podemos afirmar com certeza se essa alteração será de fato implementada ou qual seria seu alcance, caso isso acontecesse”, completou o advogado.
Com as declarações de autoridades governamentais e a ausência de um posicionamento formal, a possibilidade de alteração na multa de 40% do FGTS ainda segue no campo da especulação. Trabalhadores e empregadores devem, portanto, continuar acompanhando as notícias, uma vez que, até o momento, não há novidades oficiais sobre modificações nesse benefício.