Anualmente, o Outubro Rosa tem como propósito mobilizar a sociedade para a prevenção e detecção precoce do câncer de mama e do colo de útero, este ano, a campanha tem como tema ‘Mulher: seu corpo, sua vida’. Daniela Albé ajudava na empresa da família e de repente se tornou uma das mais de 70 mil pacientes do câncer de mama no Brasil. Ela conta como foi receber este diagnóstico.
A terapeuta de família e irmã de Daniela, Débora Albé, teve que se desfazer dos pacientes que conquistou, ao longo dos 20 anos de profissão, para se recuperar.
Ao relembrar o período em que buscava a cura, Daniela destaca que o medo de contar para a filha de 16 anos, se transformou em força pelo apoio e acolhimento que recebeu da adolescente.
A psicóloga, Marina Menigon, esclarece qual deve ser o foco da família nesses momentos de fragilidade.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), cerca de 70% das mulheres diagnosticadas sofrem abandono do parceiro durante ou após o tratamento. Especialistas alegam que ter que lidar com este luto é um dos fatores que podem dificultar a cura. Entre dores, preocupações e medicamentos, as irmãs destacam a empatia por mulheres que não tinham o poder de contar com familiares e amigos.
Mesmo após bater o sino que simboliza a comemoração da última quimioterapia, de acordo com as pacientes, as mulheres continuam com um acompanhamento durante dois anos para um possível diagnóstico precoce em caso de uma volta da doença ou de uma metástase, quando células cancerígenas se desprendem do tumor principal e se espalham para outras partes do corpo. Segundo a experiência de Daniela Albé, ela alega que a comunidade ainda não tem o devido conhecimento para acolher as mulheres que chegam nesta etapa.
A psicóloga Marina esclarece como o mercado de trabalho pode ajudar essas mulheres durante e até após o tratamento.
((BETÂNIA MARINA 3 1m14 SEG))
Daniela Albé realizou a última quimioterapia em 2022, e a Débora em julho deste ano. Quando as irmãs são questionadas sobre como elas estão atualmente, elas relatam que não são mais as mesmas pessoas de antes da doença.
Este mês está se encerrando, mas a luta de milhares de pacientes continua e para, além disso, elas são professoras, mães, esposas, filhas. Por isso a campanha do Outubro Rosa é um apelo da comunidade para as mulheres se cuidarem e serem cuidadas: realizar exames rotineiros, conhecerem seus corpos, para assim poderem identificar algo de errado; e escolher bem quem está do nosso lado. Mas a campanha também é de acolhimento para todas elas, que passaram ou vão passar por esta luta.