Um protesto está marcado para ocorrer na tarde desta sexta-feira (16), em Forqueta. A comunidade local se prepara para o ato às 16h30, na rotatória onde o equipamento seria instalado. O motivo da reivindicação é a defesa pela instalação de um semáforo no trecho da ERS-122. A solicitação inicial da Prefeitura foi indeferida pela Justiça na última segunda-feira (12). Ainda esta semana, a Concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) iniciou as obras de reabertura de um retorno no km 64 da rodovia, entre Caxias do Sul e Farroupilha, que deve servir como alternativa para os condutores.
O município deve recorrer da decisão por meio da procuradoria-geral. Na ocasião, a Concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) informou que não iria se pronunciar sobre o caso por ser uma decisão judicial envolvendo a Prefeitura de Caxias do Sul e o Governo do Estado.
Conforme um dos moradores de Forqueta e organizador do protesto, Ricardo Matos, a manifestação deverá ser pacífica, com o objetivo de chamar a atenção das autoridades responsáveis. O protesto ocorrerá na rodovia com a simulação de um semáforo, bloqueando o trânsito por um minuto para simular o funcionamento do equipamento e com liberação também em um minuto, promovendo um tráfego de pare e siga para os condutores. Matos salienta a importância do semáforo para a integridade e segurança da comunidade.
Relembre o Caso:
O conflito começou após um acidente de trânsito na noite de sexta-feira (26), no km 64 da ERS-122, no Trevo da Forqueta, entre um Chevrolet Corsa e um caminhão Ford Transit Chassi, resultar na morte de um dos condutores, identificado como Marcos Roberto Lara Machado, de 41 anos. A Prefeitura já havia evidenciado o perigo do trecho e os inúmeros acidentes ocorridos.
Na tarde de segunda-feira (29), uma reunião entre o prefeito, Adiló Didomenico, e o diretor do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER), Luciano Faustino, discutiu a instalação de semáforos na RS-122, em Forqueta, e também em outro trecho da rodovia, próximo à Fundação Marcopolo. O diretor ficou responsável por buscar uma resposta do DAER até o dia seguinte, mas não houve retorno. No dia 31 de julho, a Prefeitura iniciou a instalação de uma haste que daria sustentação ao semáforo. Após a secagem do local, os luminosos seriam instalados, mas durante a tarde, equipes da CSG ameaçaram retirar a haste e foram impedidas pela comunidade. Posteriormente, uma reunião realizada no início de agosto, entre a Prefeitura, representantes da CSG e o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), não resultou em acordo. Assim, o Executivo determinou que a Procuradoria-Geral do Município (PGM) buscasse na Justiça a autorização para a instalação, o que foi negado.