As hepatites virais representam um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, sendo infecções que afetam o fígado e podem causar desde alterações leves até casos graves. Muitas vezes, essas infecções são silenciosas, não apresentando sintomas visíveis. Quando os sintomas surgem, podem incluir cansaço, febre, dor abdominal, além de pele e olhos amarelados.
Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as hepatites matam mais de 3,5 mil pessoas por dia em todo o mundo. Às vésperas do dia 28 de julho, Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, especialistas alertam para a importância da vacinação e dos cuidados básicos de prevenção.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são os tipos A, B e C. A infectologista Dra. Lessandra Michelin destaca três principais desafios enfrentados pelos profissionais de saúde. Primeiro, a desinformação sobre a doença e a importância da prevenção. Segundo, o tratamento, que deve ser realizado de forma correta e precoce, com diagnóstico adequado e acompanhamento especializado. Terceiro, a necessidade de recuperar as altas coberturas vacinais, essenciais para o controle da doença.
A médica reforça que o controle das hepatites virais depende significativamente da vacinação, embora apenas as hepatites A e B possuam imunizantes disponíveis para todas as faixas etárias. A luta contra as hepatites virais está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que têm como meta eliminar em 90% a proliferação do vírus até 2030.
O diagnóstico das hepatites virais é realizado por meio de exames de sangue específicos. A hepatite C, por exemplo, frequentemente não apresenta sintomas, razão pela qual a testagem é recomendada para pessoas que tiveram relações sexuais desprotegidas. O Ministério da Saúde estima que 520 mil pessoas no Brasil tenham hepatite C, mas ainda não realizaram o teste.