Segundo a advogada previdenciária, Cláudia Fiorini, o vazamento de dados é um problema antigo e sem uma solução óbvia definitiva. Ele garante que não se trata de nenhuma novidade para os profissionais que atuam na área há muitos anos. Pois, mesmo antes do advento da internet, quando os dados eram físicos, já existiam casos semelhantes de vazamentos de listas telefônicas e contatos com informações confidenciais de segurados.
No entanto, conforme a advogada, até hoje, não houve investigações conclusivas para determinar a origem desses vazamentos. Ele explica que clientes, frequentemente, relatam situações em que seus benefícios foram aprovados, sem que eles sequer tivessem recebido uma notificação oficial. Além disso, que empréstimos fraudulentos em contas de aposentados é um problema recorrente, decorrente desses vazamentos.
Com relação aos pedidos de indenizações por conta disso, ela considera a questão é sensível. Ou seja, como comprovar que houve vazamento, e qual teria sido o real prejuízo causado. São várias as perguntas e, muitas vezes, segundo a advogada, parece que essa prerrogativa se torna mais um jogo político do que uma solução efetiva em favor dos segurados.
Em tempo, vale lembrar que o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, anunciou na última semana, que o governo fará um “pente-fino” em benefícios previdenciários temporários, como é o caso do auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença), a partir de agosto deste ano. Além disso, o ministro disse que a previsão é de que esse tipo de revisão aconteça a cada dois anos, uma vez que no caso dos benefícios temporários, o processo não era realizado desde 2019.