Com a opinião da população quase que 100% contrária ao projeto de lei do Governo do Rio Grande do Sul que previa o pagamento de R$ 450 (dividido em duas parcelas) para pessoas que adotassem animais afetados pelas enchentes de maio, mas que não tivessem condições de bancar o animal, o Governador Eduardo Leite (PSDB) e o vice-governador Gabriel Souza (MDB) desistiram de encaminhar a preposição a Assembleia Legislativa e agora está avaliando novas formas de trabalhar a questão.
Ainda nesta quarta-feira (26), Leite e Gabriel se reuniram com representantes e profissionais da causa animal para discutirem sugestões para o aprimoramento do projeto. O Governador assegurou aos participantes que o governo está empenhado em resolver a situação dos animais resgatados das enchentes, com medidas como a castração e a microchipagem, já em andamento, e feiras de adoção.
Com as sugestões apresentadas, a equipe técnica do governo vai trabalhar de forma integrada com as entidades e encaminhar novas soluções para a causa animal. A ideia inicial do Governo era oferecer R$ 450 para cada família que quisesse adotar até dois animais dos abrigos públicos, mas que não tivesse condições financeiras para bancar os gastos. Os valores seriam divididos em duas parcelas de R$ 225, quantia que garantiria alimentação e outros itens durante seis meses. Além disso, até o final do benefício haveria uma fiscalização para verificar o bem-estar do animal, no entanto, a sugestão não foi bem aceita pela população que ressaltou a possibilidade de aumentar os casos de abandono e no final, não resolver o problema.
Atualmente, 15.259 animais de estimação estão abrigados em 353 locais em todo o Rio Grande do Sul. A maior concentração ocorre em Canoas (5.335 animais) e em Porto Alegre (4.223).