As áreas que permanecem interditadas devido ao excesso de chuva registrado em maio, em Galópolis, interior de Caxias do Sul, passaram por uma nova vistoria na manhã desta quinta-feira (27). A inspeção serviu de base para elaboração de um parecer técnico que pode definir se terá necessidade de demolição ou desmonte das casas nas ruas José Casa, José Comerlato e Antônio Chaves.
Conforme define o Código Municipal de Edificações (Lei Complementar nº 636/2020), no caso da necessidade de demolição de imóveis, o desmonte total ou parcial será definido em determinados casos, como ocorre na Rua José Casa, onde algumas moradias podem ser classificadas com risco iminente de caráter público.
A inspeção foi acompanhada pelo secretário do Meio Ambiente, Daniel Caravantes; pelo diretor de Gestão Ambiental da SEMMA, geólogo Caio Torques; e pelos arquitetos da Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU) Fabrício Müller Caldeira e Paulo Rogério De Mori, este responsável pela Comissão de Vistoria de Interdições e Demolições. Caravantes explica mais um pouco da visita e comenta que pelo menos uma casas, das vistoriadas, terá que ser demolida.
O secretário Daniel ainda complementa que o estudo geológico e geotécnico que deve analisar determinadas áreas do bairro está em fase de contratação pela administração pública. Na última semana, servidores da Secretaria Municipal do Meio Ambiente analisaram propostas que foram encaminhadas ao Gabinete do Prefeito, Adiló Didomenico (PSDB). O levantamento terá duas etapas: de mapeamento dos deslizamentos e identificação do tipo de acidente, bem como as causas; e apuração geotécnica de todo o bairro, com sondagens e análises de rochas e do solo.
A expectativa é de que o estudo completo seja entregue em até cinco meses após a contratação da empresa responsável. Pelo menos 30 casas seguem interditadas, em Galópolis desde o início de maio.