Um dos partidos mais tradicionais em Caxias do Sul, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), não obteve grande êxito nas eleições municipais de 2024. Além do candidato a prefeitura, Felipe Gremelmaier, terminar em 4º na disputa, com 8,17% dos votos, o partido ficou sem nenhum representante no legislativo.
Na eleição de 2020, foram dois candidatos eleitos pela sigla, o próprio Felipe Gremelmaier, e Gládis Frizzo, que posteriormente trocou o MDB pelo Partido Progressista, concorrendo como vice na chapa de Mauricio Scalco (PL). Com nenhum dos dois nomes disputando uma cadeira na Câmara dos Vereadores, o partido perdeu representatividade. Carlos Burigo, presidente do MDB em Caxias do Sul, diz que o resultado foi surpreendente e que o partido buscará novas lideranças para recuperar o protagonismo nas próximas eleições.
A cidade que é o berço político do MDB no estado, tendo sido governada por nomes como Pedro Simon, Germano Rigotto e José Ivo Sartori, que depois viriam a se tornar governadores do Rio Grande do Sul, mostrou não ter mais o mesmo apelo político nas urnas. O nome mais votado do partido foi Marcos Saccaro, com 1982 votos. Todos os candidatos ao legislativo unidos somaram 9846 votos, abaixo dos 10.012, que representam o quociente eleitoral nas eleições de 2024.
Burigo acredita que a estratégia adotada na campanha foi a correta, apesar de não atingir os resultados esperados.
O MDB vem perdendo espaço na câmara nos últimos anos. Eram 4 representantes em 2016, caiu para apenas 2 na última legislatura, e agora não possui mais nenhum. Dois nomes que deixaram a sigla, alegando falta de espaço, se elegeram em outros partidos em 2024: Daiane Mello (PL) e Edson da Rosa (REP), que inclusive já representou o MDB na câmara, entre 2016 e 2020.