Em se tratando de cobrança de pedágio para muitos especialistas da área, o Free Flow representa a inovação no sistema rodoviário, eliminando a necessidade de cabines e barreiras físicas. Com a iniciativa, os motoristas podem passar pelos pontos de cobrança sem a obrigação de parar, o que proporciona um fluxo contínuo de tráfego.
No Rio Grande do Sul, essa modalidade de pedágio foi implementada a partir do dia 30 de março, com a ativação de cinco novos pontos de cobrança, três deles na serra. Eles estão localizados nas rodovias, incluindo a ERS-122 em São Sebastião do Caí, Farroupilha e Ipê, a ERS-240 em Capela de Santana, e a ERS-446 em Carlos Barbosa.
Conforme a concessionária, para informar os motoristas sobre a proximidade dos pontos de cobrança, placas de sinalização foram instaladas junto com painéis digitais. Eles exibem informações sobre os valores das tarifas e as formas de pagamento disponíveis.
De acordo com o diretor-presidente da Concessionária da Serra Gaúcha (CSG), Ricardo Peres, o valor cobrado dos condutores corresponde ao prometido em contrato para a realização de obras nas rodovias e os investimentos a longo prazo que precisam ser feitos.
O pagamento das tarifas pode ser realizado de quatro maneiras: por meio de uma tag, disponível para aquisição, pelo aplicativo “CSG FreeFlow”, pelo site oficial da concessionária ou nas bases de atendimento ao cliente. Após a passagem pelo pórtico, o sistema faz a leitura da placa do veículo e disponibiliza o valor da tarifa para pagamento em até 48 horas. Segundo a Concessionária, o pagamento deve ser efetuado dentro do prazo de 15 dias corridos após a passagem pelo ponto de cobrança. O descumprimento deste prazo implica em multa e perda de pontos na CNH.
Peres acrescenta que além da implementação do Pedágio Free Flow, a concessão prevê uma série de melhorias nas rodovias, incluindo a duplicação de vias. Ele explica que a concessionária tem um prazo definido para realizar esses trabalhos e destaca que os usuários começarão a perceber as mudanças em breve.
Quanto à expansão do sistema, Peres menciona que a empresa está realizando estudos para aumentar o número de pórticos nos trechos, visando distribuir melhor as tarifas ao longo das rodovias. No entanto, o custo total desse investimento ainda não foi determinado, pois depende da quantidade de novos pórticos a serem instalados. Ele completa que após dois anos, será feita uma avaliação dos benefícios gerados por essas mudanças, projetando os resultados para o final do período de concessão, que se estende por 30 anos.
Locais dos pedágios free flow e os valores das tarifas:
ERS-122, no km 4,6 (São Sebastião do Caí) – R$ 12,30
ERS-122, no km 108,2 (Antônio Prado) – R$ 8,60
ERS-122, no km 151,9 (Ipê) – R$ 8,60
ERS-240, no km 30,1 (Capela de Santana) – R$ 9,00
ERS-122, no km 45,5 (Farroupilha) – R$ 10,70
ERS-446, no km 6,5 (Carlos Barbosa) – R$ 9,90
* Tarifas básicas para a categoria 1 (automóvel, caminhonete e furgão)