Em entrevista ao Jornal da Caxias, o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT/SP) defendeu a Renda Básica de Cidadania como um direito universal e incondicional para todos os brasileiros, independentemente da origem ou condição socioeconômica. Para ele, a medida visa garantir uma renda mínima que permita a participação de todos na riqueza do país, especialmente daqueles que vivem em situação de extrema pobreza.
Suplicy contou que, em outubro de 2024, enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva propondo a formação de uma comissão com estudiosos e economistas para discutir a implementação gradual da Renda Básica, conforme estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal. O grupo, que também incluiria o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Conselhão), teria como objetivo definir soluções práticas para implementar a medida, começando pelos mais necessitados, como já ocorre com o Bolsa Família.
O parlamentar lembrou a criação do Bolsa Família, revivido pela Lei nº 14.601 de 2024, como um exemplo eficaz de como a transferência de recursos pode combater a pobreza e garantir dignidade às famílias vulneráveis. Suplicy, que defende a Renda Básica desde 1991, considera o programa uma etapa importante na implementação dessa política.
Durante entrevista, o parlamentar justificou que o Bolsa Família, que nasceu através de inúmeros debates, tem sido positivo, não só aliviando financeiramente milhões de famílias, mas também melhorando indicadores sociais como acesso à educação e saúde. Para Suplicy, a universalização da Renda Básica é uma forma de promover maior justiça social, e ele destaca exemplos como Maricá, no Rio de Janeiro, que já implementa a renda básica incondicional com bons resultados.
Neste sentido, de acordo com o parlamentar, a Renda Básica visa e busca erradicar a pobreza e promover uma sociedade mais justa, garantindo igualdade de oportunidades econômicas, sociais e políticas. Inclusive, conforme Suplicy, a proposta de um pagamento universal está sendo adotada globalmente, com diversos países e cidades implementando modelos de transferência de renda para combater desigualdades sociais.