Para alguns adultos, falar sobre emoções e sentimentos é uma tarefa difícil. Durante muito tempo, as pessoas evitaram discutir saúde mental abertamente. No entanto, a psicóloga da Unimed Nordeste-RS, Eduane Pizarro Ribeiro, explica que lidar honestamente com nossos sentimentos é fundamental. E exemplos nos cinema é o que não faltam, recentemente, estreou nas telonas o filme “Divertida Mente” 2, produzido pelos estúdios Disney Pixar, é uma animação que nos leva para dentro da mente de Riley, uma adolescente de 11 anos, e explora as complexidades das emoções humanas. Com base em pesquisas do psicólogo americano Paul Ekman, o filme apresenta um elenco de personagens emocionais, incluindo Alegria, Tristeza, Raiva, Medo, Nojo, Ansiedade, Inveja, Vergonha e Tédio.
Mas, existem outros filmes que também tratam do assunto e podem ajudar não apenas as crianças a lidarem com sentimentos considerados como ruins, mas que acabam se revelando benéficos para a saúde psíquica, a depender de como lidamos com eles.Outros filmes que também nos ensinam a lidar com todo tipo de emoção são: “Sing – Quem Canta Seus Males Espanta”, comédia musical. Uma história sobre paixão, perseverança e expressão artística. Assim como, “Snoopy e Charlie Brown: Peanuts, O Filme”, nesta animação, a turma do Charlie Brown aguarda ansiosamente as férias de inverno. Sendo uma obra que celebra a amizade e a descoberta. Já “O Menino e o Mundo”, é um filme brasileiro dirigido por Alê Abreu, que conquistou mais de 30 prêmios ao redor do mundo. Numa jornada emocional repleta de reflexões sobre pertencimento e saudade.
A psicólogaEduane esclarece que as emoções são como as cores de um quadro, pintando nossa experiência de vida e nos conectando com o mundo e com as pessoas ao nosso redor. Elas são o nosso maior elo de comunicação, permitindo avaliar situações, se adaptar a elas e, ainda, nos proteger delas. Contudo, à medida que crescemos, nossas emoções se tornam mais diversas e complexas. Na infância, as emoções básicas, como alegria e tristeza, são predominantes. No entanto, na adolescência, outras emoções, como ansiedade e vergonha, também desempenham papéis importantes.
Conforme a psicóloga, esses filmes nos ensinam que todas essas emoções são cruciais para nossa saúde mental e para a formação de nossa personalidade. Ela indica que essas emoções são como alertas internos, sinalizando que algo está errado. Elas nos ajudam a avaliar o ambiente, identificar riscos e tomar decisões. Conforme Eduane, quando sentimos medo, nosso corpo se prepara para lutar ou fugir, já quando sentimos angústia, estamos processando informações importantes.
Segundo a psicóloga, embora possamos rotular emoções como “boas” ou “ruins”, a verdade é que todas têm um propósito. O medo e a ansiedade, por exemplo, são respostas naturais a situações desafiadoras. No entanto, ela também garante que o que fazemos com essas emoções é o que importa; pois, às vezes, nossa resposta pode ser desproporcional, e é justamente aí que entra a regulação emocional. Quanto à vergonha, muitas vezes vista como desconfortável, ela também teria seu lado positivo, a psicóloga lembra que a emoção demonstra nossa humanidade e nos oferece oportunidades de crescimento.
Conforme a psicóloga, a vergonha nos impulsiona a treinar novas habilidades e a desenvolver resiliência. Afinal, é na superação das falhas que encontramos força. Sendo assim, os filmes citados nos lembram que todas as emoções têm seu lugar e têm importância em nossa vida, contribuindo para nossa saúde psíquica e nosso crescimento pessoal, garante a psicóloga.