A Festa Nacional da Uva segue contabilizando bons resultados na edição de 2024. Desta vez, com a geração de negócios alcançados pela agroindústria familiar. O setor comercializou R$ 1,23 milhão. A informação é da Emater.
Durante entrevista à Rádio Caxias, o assistente técnico regional e repsonsável pela agroindústria, Ricardo Capelli, disse que nem mesmo o próprio setor esperava pelo resultado tão expressivo. Isso porque em 2022, a agroindústria apresentou uma comercialização abaixo do esperado. Fato que desagradou grande parte dos expositores, na época.
O valor comercializado este ano representa seis vezes mais que o volume de negociado na penúltima edição da Festa da Uva. Além disso, programas lançados pelo Governo do Estado e voltados para a agroindústria familiar tem gerado reflexos positivo no campo e evitado o êxodo rural, inclusive, com a participação do Conselho Regional de Desenvolvimento da Serra.
Em Caxias do Sul, Ricardo Capelli cita como promissora a parceria firmada entre Prefeitura, Universidade de Caxias do Sul, Emater e Governo do Estado. Convênio que permitiu a criação do Centro de Treinamento de Fazenda Souza, que se tornou o Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, desde 1996.
No entanto, o financiamento no campo ainda segue sendo o principal gargalo e que impede o crescimento mais exponencial do setor. Segundo Capelli, o crédito para o investimento inicial permite a compra de maquinário, por exemplo, que tem um custo elevado. Ele acredita que mesmo o empréstimo por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que prevê juros baixos, em torno de 4,5% ao ano, parece baixo, mas pesa no bolso do agricultor.
Atualmente, a agroindústria familiar registra um número expressivo na Serra Gaúcha. De acordo com a Emater, são mais 300 propriedades ativas, em um universo superior a mil, em todo o Estado do Rio Grande do Sul.