Por: Alana Matos e Keize Machado
O sino toca. Chega dezembro, e a magia está no ar. Com o último mês do ano é possível presenciar a figura mais esperada: o Papai Noel. O Natal está próximo, a data celebra o nascimento de Jesus Cristo. Para muitos, a época é energia, que adentra o mês. Ela representa recomeço, reconexão e família. É um momento de perdoar e ser perdoado, agradecer pelo que passou, e emanar boas energias para o que virá.
Mas você sabe quem é o Papai Noel nessa história? A figura do barrigudinho e barbudinho tem a origem relacionada com um santo católico, o bispo cristão “São Nicolau de Mira”, e com uma divindade que fazia parte do paganismo nórdico, Odin. No cristianismo, a generosidade de São Nicolau tem supremacia, já que dividia a herança com os pobres e crianças órfãs. A história para os nórdicos conta que Odin era quem entregava os presentes no festival Yule (Jól), durante o solstício de inverno nórdico.
Mas hoje, existem muitas representações. Entre pedidos e a característica roupa vermelha, lá está o bom velhinho. Querido pelas crianças e na memória dos adultos, ele traz a felicidade e o espírito natalino por onde passa. Mas como tudo no mundo, por trás desta figura, também tem uma história. Então, quem realmente é o Papai Noel? Às vezes é até difícil de acreditar, mas até mesmo no Polo Norte ele tem uma profissão da vida real, família e, inclusive, responsabilidades sociais.
De pele negra, diferente dos tradicionais papais-noéis, e com um sorriso contagiante, o bacharel em Direito e, atualmente, conselheiro tutelar, Claudiomiro da Silva, de 56 anos, é um dos mais famosos de Caxias. Por trás da barba clássica, característica deste bom velhinho, ele tem muita história para nos contar. Natural de Farroupilha, é casado e pai de dois filhos, e escolheu por meio das duas profissões, estar próximo das crianças, seja por meio da proteção e luta pelos direitos, ou na magia de escutar e manter vivo os sonhos desses pequenos.
Mas afinal, de onde ele vem? Seria destino, acaso ou vocação?
O Papai Noel, ainda que venha do Polo Norte e traga muita magia, também enfrenta dificuldades. Mas e quando ele é negro? Aos olhos dos pequenos, cor de pele sempre será apenas um detalhe. Desde a moda dos antepassados, até os dias atuais entre tantas outras áreas, a representatividade estará sempre presente e é ela que Claudiomiro evidencia.
Os pequenos fazem parte da rotina do Papai Noel. Mas e a família do bom velhinho, como participam de toda essa experiência? Papai Noel é realmente casado? Talvez não com Mery, como dizia o famoso bordão do Chaves e da Chiquinha, mas com Marli, o grande sinônimo de inspiração e apoio nessa história.
O elo familiar é tão grande que por onde o Noel passa, tudo nele carrega um pouco do amor gerado no próprio lar e que transborda diretamente no coração das pessoas. Marli retoma a memória com um trabalho admirável na construção de algo muito característico deste personagem.
Observando as motivações profissionais, elas não poderiam deixar de serem tocadas pelos pedidos dos pequenos. Mas o que eles querem ganhar neste Natal?
E os adultos, o que eles desejam do Papai Noel?
E quais são os pedidos de quem realiza o dos outros?
É esse clima que esperamos que seja preservado e perdure o ano todo que estendemos os desejos do Claudiomiro da Silva, o Papai Noel. Que a data ressignifique cada um que está em sintonia conosco. Que estejamos sempre em busca de nos tornarmos uma pessoa melhor. Que o espírito natalino invada os lares e Papai Noel atenda os desejos. Um Feliz Natal!