Com a chegada do inverno e das férias escolares, o Rio Grande do Sul tradicionalmente recebe um número expressivo de turistas, especialmente na região da Serra Gaúcha. No entanto, este ano o cenário é diferente devido às fortes chuvas que impactaram significativamente a movimentação turística. De acordo com a gestão do Fundo Estadual do Turismo (Fundetur), entre os hotéis independentes, a média de ocupação foi de aproximadamente 30% desde o começo da estação. Além disso, a região representa recorde de demissões, com cerca de 3 mil trabalhadores desligados das principais operações.
Os dados demonstram a grande influência sobre o cenário da movimentação aérea em nível nacional ou internacional, principalmente do Aeroporto Salgado Filho que se encontra fechado desde o dia 3 de maio. Isto impacta diretamente a região, de forma que cerca de 60% dos voos diários normais que pousariam em Porto Alegre possuem destino para a região da Serra Gaúcha.
De acordo com o gerente de relacionamento da A1 Inteligência em Viagens, Rafael Möller , apenas o turismo regional, mais realizado no final de semana, não sustenta a rede hoteleira, comércio e toda estrutura da Serra Gaúcha.
Conforme o gestor do Fundetur e coordenador da Estância de Governança Turística Regional do Vale do Paranhana, Cristian Antoni Krummenauer, medidas estão sendo tomadas para tentar amenizar os impactos econômicos. Entre as estratégias está o estímulo para que os próprios gaúchos explorem outras áreas do estado, mantendo o turismo como um pilar fundamental da economia local nesta temporada de inverno. Cerca de 90% dos atrativos turísticos seguem operando normalmente.
Até o momento, cerca de R$ 200 milhões já foram alocados no Turismo do Rio Grande do Sul, com os primeiros R$100 milhões já em uso e os outros R$ 100 milhões que devem ser aplicados posteriormente. Além disso, uma audiência pública promovida pela Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados ocorre nesta quarta-feira (03) e deve debater a recuperação do setor.