A safra de uva de 2025 deve atingir 700 milhões de quilos, representando um aumento de 45,8% em comparação ao ano anterior, quando a colheita foi de 480 milhões de quilos devido a uma queda de 50% no cultivo. O acréscimo de 25% na produção reflete condições climáticas mais favoráveis, conforme estimativa do Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul (Consevitis-RS).
Um dos principais fatores para a qualidade da safra foi a ausência de interferências climáticas negativas. Em 2023, chuvas excessivas prejudicaram as videiras, mas o clima ensolarado e mais estável de 2024 garantiu o bom desenvolvimento das uvas, mesmo com o desastre climático de maio, que causou danos localizados, mas não significativos para a produção geral.
De acordo com o presidente do Consevitis, Luciano Rebellatto, a safra de 2025 também se destaca pela qualidade das primeiras variedades colhidas, como Chardonnay, Pinot e uvas para sucos, incluindo Bordô e Concord, que apresentam excelente teor de açúcar, sabor e aroma. Quanto aos impactos climáticos, entre 300 e 500 hectares foram afetados por deslizamentos, o que representa uma pequena fração do total de 43 a 44 mil hectares cultivados, sem impacto relevante na produção geral.
Além disso, o preço fixado pela tabela da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para a uva Isabel foi de R$ 1,69/kg. Em 2024, a quebra de safra elevou os preços para cerca de R$ 2,00/kg, e a expectativa para 2025 é de manutenção entre R$ 2,00 e R$ 2,50/kg para os produtores. A produção deverá atender à demanda por derivados como vinhos, sucos e espumantes, com a indústria e consolidar a projeção de estabilidade nos preços dos produtos finais em relação ao ano anterior.