Desde a fundação, a Central de Transplantes do Rio Grande do Sul já realizou mais de 15 mil transplantes. No ano de 2023, os resultados na captação de órgãos foram positivos, com recuperação e melhora dos números perdidos durante a pandemia e até de anos anteriores. Em 2024, com a catástrofe climática, os números apresentaram uma queda devido ao comprometimento das estruturas dos locais que realizam as doações, mas estão em recuperação.
Conforme dados extraídos do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), o maior número de receptores ativos em lista é representado por 1.129 rins, 1.084 córneas, 155 fígados, 64 pulmões e 12 corações. O Setembro Verde promove, assim, a intensificação das campanhas e é fundamental para essa retomada das doações.
Para que o transplante ocorra, é necessário ter um doador, sendo um dos únicos tratamentos em saúde que depende da decisão da sociedade. Após a confirmação da morte, a autorização para a doação de órgãos e tecidos deve ser dada pelos familiares de até segundo grau.
Segundo o Coordenador da Central de Transplantes do Rio Grande do Sul, Rogério Caruso, o maior impeditivo continua sendo a negativa da família. O número de doações poderia ser maior se os familiares fossem informados sobre a vontade de cada pessoa em ser doador.
O Rio Grande do Sul é um dos estados pioneiros na organização do processo de doação e transplante de órgãos e tecidos no Brasil. Para ser um doador, é essencial conversar com a família sobre a vontade de ser doador; além disso, uma escritura em cartório gratuita pode ser feita.