Com a conclusão da Operação Elísios pela Polícia Federal na última sexta-feira (30), após mais de 70 dias de investigação, foram indiciadas 17 pessoas pela participação no assalto à aeronave pagadora no Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, no dia 19 de junho. Outros dois indivíduos suspeitos de envolvimento no assalto foram mortos em confronto, um no ato do crime e outro, posteriormente, em enfrentamento com policiais, em São Paulo.
Durante a investigação, foi apurado o envolvimento de integrantes de uma conhecida facção do estado de São Paulo, além de um grupo criminoso com sede no Rio Grande do Sul. Os criminosos de São Paulo chegaram ao estado dias antes do episódio e contaram com o apoio de bandidos locais para a execução das 4 etapas do roubo: planejamento, execução, fuga e exfiltração.
Segundo o delegado Marcio Teixeira, da Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas e responsável pelo comando da operação, parte do grupo criminoso já executou diversos ataques semelhantes ao efetuado em Caxias do Sul, tendo ampla experiência e treinamento em situações dessa natureza.
A Operação Elísios teve como resultados apresentados pela Polícia Federal em coletiva, 12 prisões preventivas, uma prisão temporária, 12 mandados de busca e apreensão de 26 veículos, além do sequestro de 19 contas bancárias e quatro imóveis.
Os acusados, que em sua maioria já possuem passagem pela polícia por outros delitos do gênero, responderão pelos crimes de latrocínio, falsificação de símbolo, falsificação de identidade, adulteração veicular, usurpação de função pública, posse de arma de uso restrito, lavagem de dinheiro, organização criminosa com arma de fogo e embaraço à investigação de organização criminosa. Se somadas, as penas podem chegar até 97 anos de prisão.