Ainda não é oficial, mas são grandes as chances do horário de verão voltar a ser adotado no Brasil em 2024. O Governo Federal busca formas para economizar energia, e a avaliação feita é de que a medida tem baixo impacto inflacionário e não possui efeitos colaterais.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se reuniu nesta semana com a ministra Carmen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para informar que a decisão não afetará as eleições municipais – o segundo turno será no dia 27 de outubro. O anúncio da medida deve ocorrer nos próximos dias, e a eventual data de início do horário de verão será em meados de novembro.
A reportagem da Rádio Caxias ouviu algumas entidades locais para saber se a mudança terá impacto no comércio e na indústria. O presidente do Sindilojas, Rossano Boff, destaca a sensação de segurança que essa hora a mais de sol traz para os consumidores, o que acaba impulsionando o comércio.
O mecanismo é cercado de controvérsias, tanto na opinião popular como na de especialistas sobre sua eficácia em auxiliar o sistema elétrico. No entanto, Celestino Loro, presidente da CIC Caxias, acredita que a medida é positiva para o comércio em geral, mas critica a indecisão do Governo Federal em tomar uma decisão definitiva, visto que se trata de mudança que necessita de uma reorganização do mercado.
O horário de verão foi criado em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas. Voltou de forma perene em 1985, na gestão de José Sarney, depois de ficar anos sem ser adotado, e está suspenso desde 2019 por decisão do então presidente Jair Bolsonaro.