Nesta terça-feira (27), a presidente do Sindiserv, Silvana Piroli, participou de uma reunião em Brasília (DF) com o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, para debater o chamado “confisco das aposentadorias”. Acompanhada por uma comitiva composta por representantes de entidades ligadas à CUT nas três esferas de governo, Silvana apresentou um panorama da situação enfrentada pelos servidores aposentados.
Durante o encontro, Piroli apresentou dados que demonstram a perda de renda dos aposentados após a implementação da Reforma da Previdência. De acordo com os números, servidores que recebem abaixo do teto previdenciário tiveram uma redução média de 10% do seu rendimento, enquanto aqueles que ganham o dobro, perdem 14%. Diante dessa situação, a presidente solicitou que o Supremo Tribunal Federal (STF) reveja e derrube essas medidas, além de reavaliar a forma como os regimes próprios da Previdência têm sido tratados. Silvana classificou os descontos como “brutal achatamento dos salários”. O ministro Carlos Lupi, por sua vez, reconheceu a gravidade da questão e também referiu-se à cobrança dos inativos como um “confisco”.
Além disso, a presidente discutiu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2023, que reabre o prazo para que os municípios possam parcelar suas dívidas com a Previdência e estabelece limites para o pagamento de precatórios. A PEC permite que os municípios equacionem os déficits dos Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Segundo Silvana Pirolli, o ministro garantiu que as reivindicações sindicais serão levadas em consideração no desenvolvimento dessa proposta.
Piroli destacou ainda que os servidores estão organizando mobilizações em diversas cidades do Brasil para protestar contra o confisco das aposentadorias.