A solicitação inicial da Prefeitura para a instalação do semáforo no trecho da ERS-122, em Forqueta, foi indeferida pela Justiça na última segunda-feira (12). Ao tomar conhecimento da decisão, o prefeito Adiló Didomenico (PSDB) expressou surpresa com a negativa do poder público. Na mesma data, a Concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) iniciou as obras de reabertura de um retorno no km 64, entre Caxias e Farroupilha, que deve servir como alternativa para os condutores.
Didomenico afirmou que o município deve recorrer da decisão por meio da procuradoriaderal do município e criticou a falta de responsabilidade da CSG e do órgão controlador do Estado. Ele destacou que a demora para uma solução no trecho tem colocado à população em risco.
Procurada por esta reportagem, a Concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) informou que não irá se pronunciar sobre o caso, pois se trata de uma decisão judicial envolvendo a Prefeitura de Caxias do Sul e o Governo do Estado.
Relembre o Caso:
O conflito começou após um acidente de trânsito na noite de sexta-feira (26), no km 64 da ERS-122, no Trevo da Forqueta, entre um Chevrolet Corsa e um caminhão Ford Transit Chassi, resultar na morte de um dos condutores, identificado como Marcos Roberto Lara Machado, de 41 anos. A Prefeitura já havia evidenciado o perigo do trecho e os inúmeros acidentes ocorridos.
Na tarde de segunda-feira (29), uma reunião entre o prefeito, Adiló Didomenico, e o diretor do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER), Luciano Faustino, discutiu a instalação de semáforos na RS-122, em Forqueta, e também em outro trecho da rodovia, próximo à Fundação Marcopolo. O diretor ficou responsável por buscar uma resposta do DAER até o dia seguinte, mas não houve retorno. No dia 31 de julho, a Prefeitura iniciou a instalação de uma haste que daria sustentação ao semáforo.
Após a secagem do local, os luminosos seriam instalados, mas durante a tarde, equipes da CSG ameaçaram retirar a haste e foram impedidas pela comunidade. Posteriormente, uma reunião realizada no início de agosto, entre a Prefeitura, representantes da CSG e o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), não resultou em acordo. Assim, o Executivo determinou que a Procuradoria-Geral do Município (PGM) buscasse na Justiça a autorização para a instalação, o que foi negado.