O projeto inédito no Brasil, desenvolvido pela Universidade de Caxias do Sul em parceria com a iniciativa privada, tem como objetivo auxiliar na reabilitação física de pessoas que tiveram os membros superiores amputados. A UCS recebeu nesta semana o primeiro lote com 10 próteses funcionais que serão testadas na Clínica de Fisioterapia da universidade.
O projeto iniciado em 2022, tem como foco disponibilizar próteses que, acionadas através de impulsos elétricos musculares, permitem o movimento “de pinça” a pessoas com braços amputados ou com ausência congênita desses membros. Pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) terão preferência no atendimento.
Os aparelhos são compostos por um sensor elétrico, suporte e três ganchos em formato de garra. A próxima etapa de desenvolvimento é a fase de testes clínicos, que pode levar até um ano, e serão feitos em pessoas com diferentes casos de amputação de membros superiores, que serão treinadas para acionar os sensores adaptados a cada situação. O professor Matheus Parmegiani Jahn, coordenador de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da UCSiNOVA, explica como ocorreu o desenvolvimento da prótese.
A iniciativa tem aporte da Finep, Financiadora de Estudos e Projetos, agência ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Sua execução envolve profissionais de várias áreas da UCS, entre as quais se destacam a Agência de Inovação UCSiNOVA, médicos do corpo clínico do Hospital Geral, e professores e acadêmicos de Fisioterapia, além da iniciativa privada, representada pela Longhi Engenharia e Automação, empresa caxiense que fabricou as próteses e as entregou oficialmente à Universidade.
Após a etapa de usabilidade, o aparelho terá que passar pela validação da Anvisa, para que possa se tornar efetivamente um produto comercial. A previsão para conclusão destas etapas é de 6 meses a um ano.