Diante da força-tarefa que vai agir pela reversão do atual quadro de pessoas em situação de rua, na cidade, a Fundação de Assistência Social (FAS) e o Centro Pop Rua terão papel fundamental. Os órgãos públicos vão trabalhar integrados às ações que visam desobstruir a via pública e identificar as pessoas que vivem neste tipo de vulnerabilidade social. A estratégia foi definida nesta segunda-feira (26), pelo Gabinete de Crise do Executivo. A decisão ocorreu, depois que uma pessoa em situação de rua matou um homem de 35 anos, no bairro Rio Branco, no último sábado (24).
Conforme a diretora de Proteção Social de Média Complexidade da FAS, Cristiane Oliboni, quem for identificado em situação de rua vai ser convidado a acessar uma das três casas de passagem do Município, ou alguns dos outros serviços disponíveis. Caso esse cidadão se recuse a utilizar os mecanismos assistenciais, vai ter os pertences retirados pelo Município, em até 24 horas.
Cristiane reitera que não se trata de uma abordagem sem truculência, não só pelo impedimento legal, mas também pelos efeitos adversos que isso pode causar junto à sociedade. Segundo ela, a intenção é, antes de tudo, dar dignidade a essas pessoas. Desta forma, sem poder obrigar essas pessoas a deixarem as ruas, o Município precisa pensar em outras estratégias no combate a situação que, segundo ela, inspira cuidados, ante ao crescimento exponencial registrado nos últimos anos.
De acordo com dados do Cadastro Único da assistência social, atualmente, existem cerca de 750 pessoas em situação de rua, em Caxias do Sul. Porém, nem todas elas serão alvo da ação, uma vez que muitas já usufruem do suporte assistencial prestado pelo Município, que tem capacidade para acolher até 120 pessoas, nas três casas de passagem.