O Tribunal do Júri do Foro da Comarca de Caxias do Sul condenou nesta quarta-feira (28), o homem acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP/RS) por assassinar e estuprar uma jovem de 18 anos, na cidade. Ele recebeu um total de 34 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio qualificado pelo estupro de Naiara Ketlin Pereira Maricá, ocorrido no dia 1º de janeiro de 2023.
O promotor de Justiça Leonardo Giardin, que atuou em plenário pelo MP, diz que todas as seis qualificadoras sustentadas pela instituição foram acolhidas pelos jurados: feminicídio, motivo torpe, meio cruel (asfixia), recurso que dificultou por duas vezes a defesa da vítima e ainda para assegurar impunidade pelo crime sexual. Em relação ao homicídio qualificado, a pena foi de 22 anos de prisão e, em relação ao estupro de vulnerável, já que Nayara estava na época incapaz de consentir o ato, a pena foi de mais 12 anos de reclusão.
Para o promotor, “a decisão soberana do Tribunal do Júri foi exemplar, acolhendo todas as nossas teses e dando a resposta proporcional e civilizada a este crime bárbaro, que foi cometido com extrema crueldade. No entanto, o MPRS recorrerá para aumentar a pena aplicada. Além disso, a decisão do Conselho de Sentença também traz, na medida do possível, um certo conforto para os familiares da vítima, que deixou mãe, irmãos e uma filha que tinha três anos de idade quando o crime ocorreu. Agora, pelo menos, eles poderão virar a página e saber que a morte de Nayara não ficou impune”.
Nayara foi encontrada morta na casa em que morava com a mãe e a filha pequena. O autor do crime, de 27 anos, foi preso 48 horas após o fato. Conforme a investigação, a jovem havia saído com amigos para festejar a virada do ano e voltou para casa por ter passado mal. Na ocasião, o condenado se ofereceu para levar a vítima em casa. O corpo da jovem foi encontrado com sinais de estupro e com perfurações decorrentes de golpes de faca. Depois disso, ela não foi mais vista com vida e imagens de segurança auxiliaram na identificação do autor do crime.
COM INFORMAÇÕES DO MP/RS