Com o anúncio feito na última semana pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, sobre a liberação de R$ 170 milhões para o Aeroporto da Serra Gaúcha, que será construído em Vila Oliva, e o ato simbólico de assinatura do contrato do Porto Meridional de Arroio do Sal, além de Caxias do Sul, a Região das Hortênsias também celebrou os avanços dos projetos. Embora o valor anunciado para o aeroporto já estivesse previsto no convênio firmado entre a Prefeitura de Caxias do Sul e o governo federal, por meio do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), a liberação representa um progresso significativo. Esse fundo havia reservado R$ 200,5 milhões desde 2019 para a construção do terminal aéreo.
A ligação entre a Região das Hortênsias, um polo turístico, e o novo aeroporto é uma das principais etapas necessárias para viabilizar o terminal. Além disso, a previsão é que a RS-466 entre Canela e o Parque do Caracol não seja a única via de acesso terrestre ao aeroporto de Vila Oliva, com a possibilidade de rotas alternativas pela área urbana.
Com o projeto em andamento, Gramado desenvolve atualmente iniciativas para complementar a infraestrutura viária de acesso ao aeroporto. Segundo o prefeito, Nestor Tissot (PP), o projeto das vias foi dividido em três etapas, sendo que duas já foram concluídas antecipadamente: uma com verbas federais e outra com recursos municipais. A terceira etapa está em fase de captação de recursos. Além disso, está projetada a construção de uma nova ponte entre Gramado e Caxias do Sul, cuja responsabilidade, segundo o prefeito, é do governo estadual.
Ainda de acordo com Tissot, o projeto do aeroporto não deve ser encarado como uma competição entre regiões, mas como um esforço complementar essencial para o desenvolvimento regional, assim como o Porto Meridional de Arroio do Sal.
Além dos R$ 170 milhões já anunciados e destinados à primeira etapa, que contempla a construção das pistas, estacionamento, redes subterrâneas e serviços de terraplenagem, foi solicitado um reforço de R$ 70 milhões ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que está em avaliação. Esse montante, somado aos R$ 30 milhões remanescentes do fundo atual, totalizaria R$ 100 milhões para a segunda fase, destinada à construção do terminal de passageiros, projeto arquitetônico e instalação dos sistemas de segurança de voo. Com a liberação dos recursos, a próxima etapa será a abertura do processo licitatório, prevista para o início de 2025.