A fumaça dos incêndios que afetam diversos estados do Brasil voltou a atingir o Rio Grande do Sul nesta terça-feira (3). Na Serra Gaúcha, a densa neblina foi observada em vários locais. Durante o mês de agosto, os moradores do estado já haviam notado os efeitos dos focos de incêndio provenientes das regiões centro-oeste, sudeste e norte do Brasil.
O país enfrentou em agosto a maior quantidade de focos de incêndio desde 2010, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 90.444 focos ativos. A meteorologista Estael Sias, da MetSul Meteorologia, explica como as partículas de fuligem estão se deslocando em direção ao Rio Grande do Sul.
Estael destaca que a tendência é que a fumaça continue a se espalhar pelo Estado devido ao tempo seco, que pode intensificar a onda de calor e agravar a situação dos incêndios, tanto no Brasil quanto em países vizinhos.
De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Brasil registrou 4.730 focos de incêndio apenas em setembro. O Programa Queimadas informa que, desde janeiro, foram contabilizados 65.667 focos de fogo, um aumento de 104% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse cenário afeta não apenas o espaço aéreo, mas também a saúde pública, com o agravamento de condições alérgicas.