A busca pela concepção saudável tem se tornado cada vez mais eficiente com os avanços científicos e médicos. Com o apoio de novas tecnologias, muitos casais que enfrentam dificuldades para engravidar encontram no tratamento de fertilização uma solução saudável e positiva. Além das técnicas de reprodução assistida, a alimentação também desempenha um papel fundamental nesse processo. Para entender melhor essas questões, conversamos com duas especialistas da área: a ginecologista e diretora da Conception Centro de Reprodução Humana, Eleonora Bedin Pasqualotto, e a nutricionista, Caroline Tessaro, que tem 14 anos de experiência em saúde da mulher, fertilidade e gestantes.
Nos últimos anos, a área da medicina reprodutiva passou por grandes transformações. Técnicas como a fertilização in vitro (FIV) e a inseminação artificial tornaram-se mais precisas e seguras, aumentando as chances de sucesso para casais que buscam realizar o sonho da maternidade e da paternidade.
A médica Eleonora Pasqualotto explica que a fertilização in vitro é um procedimento que envolve a coleta de óvulos diretamente dos ovários de uma mulher e sua fertilização com sêmen em laboratório. O processo inclui a fertilização, o desenvolvimento dos embriões, que são cultivados em incubadoras a 37°C por cinco dias, até serem transferidos ao útero materno. Esse procedimento tem se mostrado uma alternativa eficaz para casais com dificuldades para engravidar, especialmente, para aqueles com idade avançada, casais homoafetivos ou aqueles que possuem condições genéticas que podem ser transmitidas ao bebê.
Entretanto, Eleonora ressalta que a fertilização in vitro não é indicada para todos os casos e que cada situação deve ser cuidadosamente analisada.
A ginecologista também compartilha um dado importante: estima-se que a probabilidade de um casal engravidar, naturalmente, seja em torno de 18 a 20% por ciclo. Por isso, é comum que o casal demore um pouco para alcançar o resultado desejado. Quando o tratamento é a inseminação artificial, a probabilidade tende a aumentar, mas a resposta depende de como o corpo de cada mulher reage ao procedimento. A médica afirma que, frequentemente, é necessário repetir o tratamento para obter um resultado positivo.
Se a medicina tem avançado na oferta de novas possibilidades, a nutrição também desempenha um papel de destaque. A alimentação saudável favorece a saúde geral e pode impactar diretamente a fertilidade. A nutricionista Caroline Tessaro destaca a importância de uma dieta equilibrada para otimizar a concepção.
Caroline explica que mudanças no estilo de vida, alimentação e suplementação podem começar a mostrar resultados nas células reprodutivas em um período de até seis meses. Essa abordagem, segundo Caroline, é uma maneira positiva de melhorar as chances de fertilização, preparando o corpo de maneira ideal para o processo.
Eleonora complementa afirmando que uma boa alimentação está diretamente ligada ao sucesso dos tratamentos de fertilização. A médica afirma que “pacientes que mantêm hábitos saudáveis, incluindo uma alimentação equilibrada, geralmente apresentam melhores respostas aos tratamentos, com maior chance de sucesso e menos complicações durante o processo”.
Combinando os avanços das técnicas de fertilização com uma dieta equilibrada, a medicina reprodutiva e a nutrição trabalham juntas para proporcionar aos casais maiores chances de sucesso na concepção. Segundo a médica, o tratamento de fertilização dura, em média, o período de um ciclo menstrual, desmistificando a ideia de que o processo é demorado.
A combinação dos avanços médicos e dos cuidados com a alimentação oferece novos caminhos e soluções para casais que enfrentam dificuldades para engravidar. Para quem deseja entender mais sobre o tema, é essencial contar com o apoio de especialistas e adotar um estilo de vida saudável para otimizar as chances de concepção. A ciência e os cuidados diários com a saúde têm um papel fundamental no processo de fertilização, ajudando a transformar o sonho de ter um filho em realidade.