Desde a última semana não é mais possível retirar medicamentos controlados com receitas digitais em farmácias do Rio Grande do Sul. A medida foi revogada pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que alegou que a medida era temporária enquanto o estado vivia problemas de locomoção causados pelas fortes chuvas. As receitas emitidas pela plataforma do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) que estavam sendo aceitas eram psiquiátricas e oncológicas, de remédios controlados.
Com isso, a Anvisa passa a exigir o uso do antigo sistema em papel e identificação por meio de carimbo. Em entrevista à Rádio Caxias, o presidente do Cremers, Eduardo Trindade, diz que a medida adotada pela Anvisa é ultrapassada e considera o método tradicional inseguro. O presidente explica que uma ação judicial foi aberta contra a Agência.
Além da segurança permitida pelo modo online, Trindade cita a ausência de deslocamentos desnecessários por parte da população. Ao longo dos meses em que a retirada de medicamentos com as receitas online estava acontecendo foram emitidas mais de 250 mil receitas.
Segundo o Cremers, mais de 2,5 milhões de pessoas vinculadas a planos privados de saúde e potenciais usuários dos receituários digitais podem ser afetados. O maior temor é de que quem depende de remédios controlados deixe de buscar novas receitas e o uso da medicação fique em segundo plano.