A Casa de Apoio Viva Rachel completou 25 anos de atuação em Caxias do Sul, em março deste ano. A entidade é referência no apoio às mulheres e filhos, vítimas de violência doméstica, risco de morte ou que não possuam apoio financeiro e social. A Casa é mantida pela Fundação de Assistência Social (FAS), em parceria com a Associação Mão Amiga.
A média de atendimentos mensais gira em torno de 10 mulheres, que recebem o acompanhamento. O trabalho consiste no apoio, por meio de uma equipe multidisciplinar, composta por psicólogos, assistentes sociais e educadores sociais. A diretora da Casa, Franciele Roso, explica alguns dos objetivos principais da instituição, no sigilo e cuidado com as mulheres vítimas de violência doméstica.
Não apenas à mulher, mas também os filhos, que indiretamente, são igualmente vítimas das situações de violência, também são acolhidos pela Casa de Apoio Viva Rachel. Por segurança o endereço não é divulgado. As mulheres que precisam de ajuda, podem procurar o acolhimento através do centro de referência da mulher, na Prefeitura. O encaminhamento ocorre também por meio da Delegacia da Mulher (DEAMs). Franciele avalia que as mulheres estão tendo mais coragem para denunciar os agressores, o que ajuda no combate à violência.
Conforme pesquisa divulgada pela FAS, dados recentes mostram que as diferentes formas de violência às quais as mulheres estão expostas diariamente. Onde, 97% das acolhidas pela instituição afirmaram ter sofrido violência psicológica e 86% foram ameaçadas de morte. Já 82% foram vítimas de violência física, 44% tiveram violência patrimonial, quando o companheiro, por exemplo, apropria-se do salário da mulher. Além disso, 17% afirmaram ter sofrido violência sexual.
Atualmente oito mulheres estão acolhidas na Casa de Apoio Viva Rachel. Segundo Franciele, o primeiro passo para o combate à violência, está na coragem de verbalizar e denunciar os atos de agressão. Para pedir ajuda, o número de referência é o 180.