A qualidade do ar se tornou um tema central nos últimos meses devido ao aumento das queimadas pelo Brasil, com reflexos na Serra Gaúcha. O governo do Rio Grande do Sul, por meio da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM), está contratando a instalação de estações de monitoramento em três cidades do Estado: Caxias do Sul, Porto Alegre e Santa Maria.
Apesar do cenário de queimadas e enchentes, a FEPAM esclarece que essa medida faz parte do ProClima2025, um programa lançado no ano passado para desenvolver estratégias de combate às mudanças climáticas. As novas estações já estavam previstas antes do agravamento das condições ambientais e serão integradas à Rede Automática de Monitoramento da Qualidade do Ar (Rede Ar do Sul). Atualmente, essa rede conta com cinco estações em operação em áreas industriais e uma unidade temporária em instalação em Porto Alegre.
As novas estações serão equipadas para medir partículas PM 2,5, consideradas altamente nocivas ao sistema respiratório, além de outros poluentes estabelecidos pela Resolução Nº 506/2024 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Assim como as unidades já em operação, os dados coletados serão disponibilizados na página da Rede Ar do Sul, no site da FEPAM, com atualizações diárias. Além disso, a Política Nacional de Qualidade do Ar, vigente desde maio de 2024, determina que estados e municípios integrem seus dados ao MonitorAr, aplicativo federal para monitoramento da poluição atmosférica.
O contrato para as novas estações, assinado de forma emergencial em Porto Alegre, terá duração de seis meses. O processo de documentação para a instalação das estações permanentes está em andamento e deve ser concluído até o primeiro semestre de 2025. Paralelamente, a FEPAM também prepara a contratação de uma unidade móvel de monitoramento, que deve se deslocar por diferentes pontos do estado, com previsão de início de operação no mesmo período.