Após três anos, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou o retorno da bandeira tarifária vermelha para o mês de setembro. Isso representa uma cobrança adicional na conta de luz, aumentando o preço da energia elétrica para famílias e empresas. A medida, adotada pelo Governo Federal, ocorre devido ao agravamento da estiagem no país, o que provoca a redução nos níveis dos reservatórios.
Com a bandeira vermelha, a tarifa aumenta R$ 7,88 a cada 100 quilowatt-hora (kWh). O consumo médio em uma casa brasileira na zona urbana é de aproximadamente 150 kWh a 200 kWh.
O doutor em Economia e pesquisador do Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais da Universidade de Caxias do Sul, Mosár Leandro Ness, explica que a seca na região Norte do país fez com que importantes usinas gerassem menos energia. Dessa forma, as tarifas aumentaram acima da inflação.
Mosár salienta que o desequilíbrio na produção de energia gera prejuízos que precisam ser repassados de alguma forma e que são notáveis no dia a dia do consumidor.
A última vez que o governo acionou a bandeira vermelha foi em agosto de 2021, durante a crise hídrica. No mesmo ano, a Aneel criou a bandeira de escassez hídrica em situação severa de seca.