Apesar desse aumento o economista, Mosár Leando Ness, garante que a tendência é de uma estabilização nos preços. Em valores reais, esse pequeno aumento percentual corresponde a R$5,26. Com isso, a cesta básica caxiense passou a custar R$1.441,81. Enquanto que em fevereiro, os gastos com alimentação chegaram a R$1.436,55. Entre os itens responsáveis por essa elevação, se destaca a cebola, cujo percentual foi de 26,81%.
Segundo o economista e professor da Universidade de Caxias do Sul, embora os gastos com alimentação tenham aumento, no período, a velocidade desse reajuste tem sido menor. Entre os motivos para isso, o Mosár Leando Ness destaca uma acomodação dos preços, principalmente, no segmento alimentício, setor que chegou a ser considerado o grande vilão do orçamento familiar, em 2023. Ainda assim, Mosár concorda que o valor da cesta básica segue alto, exigindo, muitas vezes, um arrocho nas contas e a mudança de hábitos, a fim de equilibrar o orçamento familiar.
Já com relação ao Índice de Preços ao Consumidor de Caxias do Sul (IPC/Caxias) houve uma elevação de 0,29% nos preços, no mês de março. Todavia, essa alta foi menor que a registrada em fevereiro (0,36%). Sendo que a variação percentual acumulada desse indicador, nos últimos doze meses, alcançou 3,79%. Ou seja, houve um aumento médio mensal de 0,45% no período. Contudo, esse resultado ainda é inferior a fevereiro, que registrou um índice acumulado de 4,18%. Ou seja, conforme o economista, também se observa uma velocidade menor de aumento, pois, segundo Mosár, entre os 320 subitens que compõe a estrutura do IPC, apenas 128 aumentaram de preços, no mês de março; e 71 permaneceram com preços inalterados.
Todavia, na opinião do economista, a proporção de itens com aumento ainda é bastante significativa, apesar dos 70 itens que compõe o IPC terem apresentado um recuo em torno de 0,19%. Sendo este, um bom sinal, pois demonstra uma inflação menor, cuja estabilização se deve, a política monetária, adotada pelo governo. Conforme Mosár, a previsão para os próximos meses é que haja uma estabilização ainda maior dos preços, principalmente, se não houver nenhuma quebra de safra, por conta de intempéries climáticas.
O custo de produtos que compõe a Cesta Básica de Caxias do Sul é calculado, mensalmente, pelo Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais da Universidade de Caxias do Sul. A amostra abrangeu 436 famílias, residentes em Caxias do Sul, cuja familiar varia entre um e trinta salários mínimos.