Davi Goes, meio-campista do Juventude, que recentemente foi convocado para a Seleção Brasileira sub-20, concedeu entrevista à Rádio Caxias nesta sexta-feira. O jovem da base do Ju, esteve presente em duas copinhas e começou a receber oportunidades no time profissional nesta temporada. Atuou em duas partidas no Campeonato Brasileiro e se destacou com uma ótima atuação na vitória por 3 a 2 contra o Botafogo, no Alfredo Jaconi.
O volante comentou sobre como foi receber a notícia da convocação para realizar testes na Seleção Brasileira sub-20:
“Pra mim eu fiquei sem reação, os guris olhavam pra mim assim, não sabiam como reagir. Seleção, não caia a ficha, não caia a ficha e eu até comento que quando eu chego em casa eu ligo pro meu pai assim, a gente faz ligação né, ele começa a chorar comigo porque é uma conquista não só minha, é dele também sabe, da minha família inteira, e com certeza eu creio que é o sonho de todo jovem estar representando o país, mas ele e Deus, meu pai foi difícil pra chegar até esse momento sabe, e foi um baque assim, foi muito diferente assim.“
O jogador chegou no Juventude em 2022 para jogar na categoria sub-20 e acabou se firmando como uma joia da base alviverde. Davi realizou diversos testes pelo país antes de desembarcar em Caxias do Sul, e ele expõe um pouco da sua trajetória e algumas dificuldades que um jovem atleta passa para encontrar o seu espaço no mundo do futebol:
“Minha família toda é mineira, eu nasci lá, mas com dois anos eu fui pra Joinville, Santa Catarina. Eu participei na categoria sub-13, sub-14 do Joinville. Joguei, me destaquei bem lá e acabei que em 2019 eu fui para um teste também no Bahia. Fiquei no Bahia lá mais ou menos um ano, só que acabou me prejudicando por causa da pandemia, né? Tinha vários campeonatos lá no Bahia sub-15 isso em 2020, eu saí do Bahia, fui dispensado. E aí eu fiquei treinando, treinando, treinando e na metade do ano de 2021, fui para o Brasilis. Também a teste, sempre minha vida foi muito fazer teste, teste, teste. Fui aprovado também numa peneira de mais de 100 atletas, foram aprovado eu e mais três. Aí eu fiquei lá no campeonato paulista, me destaquei também e o treinador de lá conheci o treinador do juventude na época que era do sub-20 né e consegui fazer um teste aqui e passei no teste.”
Para finalizar, o volante alviverde citou também sobre a experiência que foi estar no grupo da Seleção Brasileira sub-20:
“Lá é um sonho, lugar, estrutura, material, todos os meninos gente boa, os profissionais estão lá muito sérios. O dia a dia lá é leve, sabe, é tudo do bom e do melhor, assim, não tem nada que reclamar. Como eu falei, eu vou falar pra todo mundo, é um sonho e eu desejo pra todo moleque que tem o sonho assim de jogar futebol, de ser profissional, ter a oportunidade um dia e batalhar pra isso, porque, cara, vale muito a pena, vale muito a pena. Lá é tudo, quarto, alimentação, campo, material, é tudo do bom e do melhor, então, e o dia a dia lá também, com os moleques todos, são muito gente boa, o pessoal que tá lá cuida muito bem, assim, de tudo, o treinador também, o Ramon, atencioso, cara sério assim, que trabalha. Lá quando você chega, é algo muito sério mesmo, não é nada que você chegou de paraquedas, sabe, é todo mundo sabendo. Sabe o seu nome, todo mundo te respeita, todo mundo… É incrível cara, foi uma sensação inexplicável assim.“