Em quatro dias de funcionamento, o sistema temporário atendimento montado pela Secretaria Municipal de Saúde se tornou emblemático. O esquema emergencial já foi alvo de questionamentos sobre o modelo adotado pelo Município, por meio de contratações externas e sem um planejamento adequado. Esta é a avaliação dos sindicatos Médico do Estado (Simers) e de Caxias do Sul (Sindimed).
Médicos e representantes sindicais expressam a preocupação com o que consideram como precarização dos contratos. Além disso, criticam a falta de planejamento no atendimento à saúde, culminando em uma crise que afeta diretamente a população.
O presidente do Simers, Marcos Rovinski, destaca a importância de um planejamento adequado na saúde, enfatizando a necessidade de contratos seguros, escala de trabalho bem estruturada, e a contratação prioritária de profissionais da região. Ele também contesta a contratação de um responsável técnico de Santa Catarina, sem inscrição no Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul.
Marcos ainda manifesta a preocupação com a postura da Secretaria de Saúde. A manifestação dos médicos aponta para uma resposta inadequada por parte da secretária Daniele Meneguzzi. Segundo ele, ela chegou a insinuar que os médicos estariam relutantes em trabalhar nos feriados. O presidente ainda ressalta que os profissionais estão dispostos a cumprir plantões em qualquer horário, desde que oferecidos contratos seguros, remuneração adequada e condições de trabalho dignas.
Diante das preocupações, o Simers apela por uma gestão mais organizada e planejada na área da saúde em Caxias. A colaboração entre o sindicato e a Secretaria de Saúde é vista como fundamental para assegurar um atendimento adequado à população. Situação que, conforme Marcos Rovinsk, valoriza os médicos da locais e da região.