Em entrevista à Rádio Caxias, o vice-presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Felipe Vasconcelos, destacou a atuação da entidade em defesa da profissão médica e da saúde do Estado. Ele ressaltou a colaboração com sindicatos locais, como o de Caxias do Sul, em ações conjuntas, como exemplo recente em intervenção no município de Bento Gonçalves.
Vasconcelos também expressou preocupação com a abertura indiscriminada de faculdades de medicina pelo território brasileiro sem a infraestrutura necessária para garantir a qualidade de ensino. Segundo ele, a falta de estrutura comprometem a formação dos futuros médicos, reforçando que o Simers está tomando medidas jurídicas contra a expansão desses cursos.
Outro ponto discutido durante a entrevista na Rádio Caxias foi a crise salarial dos médicos contratados como pessoa jurídica, com casos apresentados em Montenegro, onde profissionais estão há quatro meses sem receber. Vasconcelos alertou que a falta de pagamento afeta também as empresas fornecedoras de insumos e equipamentos, agravando a crise na saúde. Para combater a situação, o sindicato propoz um projeto de lei que exige que entidades públicas ou empresas terceirizadas com recursos públicos comprovem o pagamento aos profissionais antes de receber novos repasses.
Vasconcelos também destacou durante a entrevista a atuação do Simers na fiscalização de práticas irregulares de profissionais não médicos na área e falou sobre a necessidade de melhores condições de trabalho e remuneração para os médicos, principalmente em concursos públicos que apresentam baixos salários.
Por fim, o médico se posicionou a favor da regulamentação da telemedicina, destacando que, embora útil, ela deve ser uma ferramenta complementar e não substituir o atendimento presencial.
Posse
O vice-presidente do Simers, Felipe Vasconcelos, assumiu o cargo no dia 1º de janeiro, junto do presidente Marcelo Matias para o triênio 2025/2027. Durante a cerimônia festiva de posse, realizada em 9 de março, Matias enfatizou que sua gestão, junto de Vasconcelos, será participativa e focada nas necessidades da classe médica. Entre as metas da gestão da nova diretoria estão a correção de falhas na educação médica e a sustentabilidade do Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul (IPE Saúde).
Confira aqui a entrevista completa.
2 comentários
Parece uma atitude corporativista… só parece.
Já estão batendo o ponto nos postos de saúde da prefeitura?