O inverno começa, oficialmente, no Brasil, no dia 20 de junho. Contudo, o otimismo do empresários já se faz presente, muito em razão da perspectiva de um um inverno mais rigoroso, este ano. Neste sentido, o Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem, Malharias, Vestuário, Calçados e Acessórios (Fitemavest) projeta um crescimento considerável nas vendas, a estimativa é que ele seja superior a 10%.
Conforme o conselheiro fiscal do sindicato, Elias Biondo, o setor acumula prejuízos causados pelas vendas, abaixo do esperado, em 2023. Isso porque, os produtos de inverno têm uma grande importância no faturamento dessas empresas, apesar delas apostarem muito na diversificação de peças. Neste contexto, o conselheiro da Fitemavest explica que a venda no varejo trabalha sob duas perspectivas diferentes: uma parte, apostando em pedidos antecipados, em torno de seis meses antes do inverno; e outra, com a venda de itens a pronta entrega. Contudo, o certo é que o setor movimenta a economia do Rio Grande do Sul. E emprega, conforme Biondo, cerca de 40 mil pessoas, de forma direta e indireta, apenas na Serra Gaúcha.
Tamanha expressividade não se restringiria apenas a períodos específicos do ano, ainda que essa sazonalidade, na abertura de vagas, seja mais expressiva neste período. Quando essas contratações mais que dobram, tendo em vista o alto consumo de peças e datas comemorativas importantes para o setor, nesta época, a exemplo do Dia das Mães. Além disso, a Serra Gaúcha ainda produz itens que são comprados e revendidos em diferentes regiões do país.
O conselheiro fiscal da Fitemavest ainda assinala outros fatores que teriam interferido no resultado negativo do setor, em 2023. Entre eles, a questão política econômica do país, que viveu um período de incertezas, diante da troca de governo. Além disso, segundo Biondo, haveria uma concorrência desleal com o mercado asiático, que contaria com alguns benefícios fiscais. Situação que também trouxe efeitos negativos na produção têxtil do Estado.