Com a chegada do frio, a bergamota volta a ser um dos símbolos do inverno gaúcho. Após enfrentar uma quebra de 40% na produção em 2024, provocada pelo excesso de chuvas, a safra deste ano é marcada pela retomada, com maior quantidade e excelente qualidade da fruta. Na Serra Gaúcha, a expectativa é de colher 16 mil toneladas, cultivadas em 1.150 hectares distribuídos entre 760 propriedades. No Rio Grande do Sul, que possui 9.500 hectares destinados à cultura, a projeção é de 170 mil toneladas.
O engenheiro agrônomo da Emater Regional, Ênio Ângelo Todeschini, explica que, no ano passado, os produtores viveram um cenário atípico, colhendo, em média, 10 mil quilos por hectare, quando a expectativa era de 15 mil. Para este ano, a previsão é de uma colheita cheia e sem intercorrências. A safra começou em março e se estende até outubro, com destaque para as variedades que apresentam alta qualidade em 2025.
Todeschini também comenta sobre os preços. No ano passado, houve uma boa valorização, mas, com o aumento na oferta da fruta neste ano, a tendência é de queda nos preços, com média de R$ 1,50 por quilo para os produtores.
Na Ceasa Serra, nesta semana, a bergamota Caí e a Ponkan estão sendo comercializadas a R$ 2,20. O engenheiro destaca que os dias ensolarados são fundamentais para o amadurecimento e a qualidade da fruta. O escritório regional da Emater atende 50 municípios da Serra. Entre os principais produtores de bergamota na região estão Cotiporã, Veranópolis, Antônio Prado e Caxias do Sul.