Apesar do Rio Grande do Sul (RS) ainda estar imerso numa extensa crise socioeconômica, instaurada com o advento do mau tempo que castigou o Estado, desde o final de abril, o setor turístico desponta, neste cenário de guerra, criando meios para se manter ativo, apesar das dificuldades de acesso a região sul do país, inclusive, com o fechamento do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre; e cuja retomada integral, ainda, deve demorar.
Neste sentido, o secretário Municipal de Turismo de Gramado, Ricardo Bertolucci Reginato, explica que o Município tem apresentado rotas alternativas de acesso aos turistas que desejam chegar até a região das Hortênsias, a exemplo da Rota Romântica. E garante que o turismo na região não irá parar, pois a área central da cidade, que concentra a maioria de bares, restaurantes, atrativos turísticos e parques não foi danificada. Sendo que os maiores estragos teriam sido registrados no interior e área periférica de Gramado. Contudo, o secretário teme que essa retomada encontre alguns entraves importantes pela frente, caso a base aeroviária comercial e de turismo, no Estado, não seja retomada com a devida celeridade. Até porque, conforme estimativas do setor, cerca de 50% dos pousos que acontecem no Aeroporto Salgado Filho têm como destino final a Serra Gaúcha.
Além disso, muitos parques da região adotaram medidas preventivas, já antevendo quedas no faturamento, e provocadas pelo fluxo diminuído de turísticas, a exemplo de férias coletivas. Ainda assim, Gramado prevê uma retomada do setor na região já no próximo feriado de Corpus Christi.
O secretário pondera que como em Gramado cerca de 86% da economia é baseada no turismo, fechar as portas significa imensos prejuízos e pode comprometer o orçamento das famílias que têm do turismo sua fonte de renda. Até por isso, o Município criou um comitê formado por empresário, poder público e entidades representativas da região, a fim de mapear quais as prioridades do Município, neste momento. Esse grupo de trabalho chamado pelo secretário de “Comitê da Retomada Socioeconômica“, já teria delimitado três eixos prioritários, a serem adotados e ligados a infra-estrutura e acesso; promoção e comunicação de destino turístico; e ainda, linhas de crédito.
Ainda assim, o secretário admite que o mau tempo já trouxe prejuízos para a economia da região, com uma retração no faturamento de R$ 150 milhões, só neste mês de maio. Uma vez que o índice de ocupação esperado para o período, que era de até 70% caiu para cerca de 12%, reflete essa baixa na procura, causada por conta do temporal que castigou o RS.
1 comentário
Sim, e eu sou o Superman.