Após anunciar, na última quinta-feira (9), um mutirão em parceria com o Hospital Pompéia para a realização de 636 cirurgias nas áreas de cardiologia, cirurgia geral e ortopedia, voltadas exclusivamente à população de Caxias do Sul, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou, nesta terça-feira (14), uma nova parceria, desta vez com o Hospital Virvi Ramos, para a execução de 929 cirurgias adicionais. Assim como as 636 cirurgias anteriores, essas também já foram protocoladas junto ao Ministério da Saúde e aguardam aprovação.
Das 929 cirurgias previstas, 216 serão oftalmológicas de alta complexidade, do tipo facoemulsificação, técnica utilizada para fragmentar a catarata com o uso de ultrassom, com repasse de R$ 830 mil em emendas parlamentares destinadas ao hospital, além de um aporte de R$ 3,3 milhões da Secretaria da Saúde. As outras 713 cirurgias serão eletivas e abrangem procedimentos como colecistectomia (retirada da vesícula biliar), hernioplastia (reparo de hérnias abdominais), hemorroidectomia (remoção de hemorroidas), tratamento de varizes, amigdalectomia (remoção das amígdalas), histerectomia (retirada do útero, em casos indicados) e correção de blefarocalase (flacidez palpebral). Para essas intervenções, o investimento total será de R$ 3.661.698,58, também provenientes de emendas parlamentares.
Segundo o secretário da Saúde, Rafael Bueno, em entrevista à Rádio Caxias, o mutirão beneficiará exclusivamente os moradores de Caxias do Sul. As cirurgias devem ocorrer durante a semana, feriados, finais de semana e até mesmo à noite, com o objetivo de agilizar os atendimentos. Bueno detalhou que haverá o prazo de um ano para que todos os procedimentos sejam realizados.
Além das cirurgias, a parceria também contemplará 1.426 consultas ambulatoriais. O secretário destacou ainda que, nesta semana, deve ser assinada uma nova parceria, desta vez com o Hospital Geral. Ele agradeceu aos deputados e senadores que têm destinado os recursos que serão aplicados nas cirurgias.
Ainda conforme Bueno, uma pré-agenda com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, articulada pela deputada federal Denise Pessôa (PT), está marcada para os dias 28 e 29 de outubro, em Brasília. O objetivo é buscar a habilitação da Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas (UPA Central), que desde 2019 opera sem credenciamento junto ao Ministério e gera um prejuízo estimado em mais de R$ 10 milhões aos cofres do município.