Dez anos depois, o Centro Cultural de Leitura Quindim anunciou que encerrará os trabalhos. O anúncio foi feito por meio de uma nota divulgada nas redes sociais do projeto. Durante esses anos, mais de 63 mil pessoas visitaram o local. Atualmente, o espaço, localizado na Rua Sinimbu, é utilizado por cerca de 1,3 mil famílias que fazem o empréstimo de livros e usufruem de iniciativas culturais promovidas.
Segundo a nota divulgada pelo Instituto Quindim, as portas do espaço estarão fechadas após o dia 30 de novembro. O prazo foi estipulado em um comunicado recebido pela presidência do local para desocupação das salas. O presidente do Instituto, Volnei Canônica, explica que ao questionar o tempo de 30 dias para liberação, a resposta foi de que a imobiliária precisa liberar o espaço e espera que o mesmo seja seguido.
Logo após reassumir a secretaria da Cultura, Cristina Calcagnotto, disse, em entrevista à Rádio Caxias, que recebeu o presidente do Instituto, Volnei Canônica, nesta terça-feira (5), para ouvi-lo e verificar o interesse dos proprietários em estabelecer uma parceria com o poder público. Na ocasião, o presidente explicou como funciona a natureza jurídica do projeto bem como a política de locações de livros e iniciativas promovidas e, segundo a secretária, demonstrou interesse em continuar o projeto estabelecendo a parceria. Cristina Calcagnotto explica como vai funcionar o processo burocrático da busca por um novo local para a instalação do Instituto.
A secretária disse ainda que os possíveis espaços estão sendo avaliados pelo executivo e destaca que os responsáveis estão se reunindo para definir as opções de possibilidades viáveis do instituto ocupar um espaço público.
De acordo com a secretária, o trabalho do instituto se afina com pensamento e estratégia que a cidade pensa sobre arte e cultura e também com as políticas públicas voltadas à literatura à criança e o adolescente, mas enfatiza que o executivo não tem condições de acolher todas as entidades culturais existentes na cidade em espaços públicos, por isso, necessita ter um formato jurídico adequado, que seja legal e que permita que o trabalho continue de maneira satisfatória na cidade.