Após as paralisações iniciadas na quinta-feira (22) da semana passada e duas propostas apresentadas pela Prefeitura de Caxias do Sul, os profissionais das escolas de educação infantil de gestão compartilhada, vinculados ao Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e de Formação Profissional (Senalba), aguardam uma nova contraproposta e seguem em paralisação nesta terça-feira (27). A concentração, que anteriormente ocorria em frente à Secretaria Municipal da Educação (Smed), agora deve ocorrer no plenário da Câmara de Vereadores e, depois, em frente ao Centro Administrativo.
A disparidade entre os modelos de contratação segue como um dos principais pontos da pauta. Atualmente, conforme o Senalba, os educadores terceirizados recebem R$ 2 .519 por 40 horas semanais, enquanto professores concursados da rede municipal recebem R$ 2.949 por 20 horas. Além disso, as reivindicações incluem melhores condições de trabalho e de estrutura nas instituições, diante do alto número de crianças atendidas.
O presidente do Senalba, Claiton Melo, salienta que a categoria compreende os transtornos que as paralisações causam às famílias que dependem dos atendimentos, mas destaca que o movimento é necessário, uma vez que as soluções são buscadas desde 2018.
A última proposta, encaminhada pela Smed, previa um acréscimo de 1% ao reajuste de 5,60% oferecido anteriormente, totalizando 6,60%, mas apenas para os educadores. Para os demais trabalhadores, seria mantido o índice de 5,60%. Além disso, a proposta incluía a redução dos descontos aplicados sobre o vale-transporte e o vale-combustível, de 6% para 5%, e sobre o tíquete-alimentação, de 10% para 8%, para todos os profissionais. Também estava previsto o pagamento de adicional de insalubridade de 40% para o cargo de cuidador educacional.
Caxias do Sul possui, atualmente, 50 escolas de educação infantil de gestão compartilhada, administradas por quatro entidades, que atendem cerca de 6 mil crianças, entre creche e pré-escola.