A iniciativa visa resolver o problema do comércio ambulante no passeio público. O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (3) pelo prefeito Adiló Didomênico, acompanhado pelos secretários das pastas envolvidas. De acordo com o executivo, inicialmente, o local será destinado aos 89 ambulantes e os familiares que atualmente ocupam as ruas Dr. Montaury e Marechal Floriano.
O projeto busca formalizar, capacitar e incluir os microempreendedores, oferecendo 100 espaços para bancas de aproximadamente 5 m², além de salas de capacitação e corte e costura, onde o Banco do Vestuário disponibilizará cursos para a confecção de peças que serão comercializadas.
O diretor da fiscalização da Secretaria Municipal de Urbanismo, Rodrigo Lazzarotto, explicou à reportagem da Rádio Caxias como foi o processo de negociação com os ambulantes até que um acordo favorável fosse alcançado. Segundo ele, inicialmente, houve resistência, mas a criação de um decreto paliativo pelo executivo, autorizando a ocupação de dois espaços específicos no centro e liberando a frente das lojas, ajudou a diminuir os conflitos com os comerciantes locais. Com o tempo, a ideia de um Centro de Capacitação e Comércio, onde os ambulantes poderiam trabalhar formalmente e sem depender das condições climáticas, ganhou aceitação.
Atualmente, não há um local definido para a instalação do Centro, mas o poder público planeja que ele fique na área central da cidade. O projeto, que já foi apresentado aos vereadores, será encaminhado ao Legislativo esta semana e busca estabelecer a estrutura no quadrilátero central da cidade, entre as ruas Coronel Flores, Alfredo Chaves, Os Dezoito do Forte e Bento Gonçalves. O edital será publicado após aprovação na Câmara.
O espaço terá o aluguel pago pela prefeitura, que será repassado aos comerciantes. No primeiro ano, o local será subsidiado pela administração municipal, que gradualmente transferirá o custo para os ambulantes. Estima-se que os microempreendedores tenham que pagar cerca de R$ 230 por mês.
A expectativa do executivo é capacitar 2,4 mil pessoas nos primeiros quatro anos. O secretário de Parcerias Estratégicas, Matheus Neres, afirma que, com o Centro em funcionamento, não haverá mais comercialização no passeio público.
Segundo o prefeito Adiló Didomênico, o projeto é inédito e busca aprimorar um centro de compras tradicional.
A prefeitura espera que todo o processo esteja concluído até as primeiras semanas de setembro. O projeto será apreciado pelo Legislativo e, após a votação, sancionado pelo prefeito.