Os preços dos combustíveis no Rio Grande do Sul sofrerão reajustes, a partir de fevereiro. A correção é resultado da alta do dólar e do aumento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A gasolina e o etanol terão acréscimo de R$ 0,10 por litro, enquanto o diesel subirá R$ 0,06.
Conforme a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem média nos preços dos combustíveis é de 16% para o diesel e 12% para a gasolina, impulsionada pela valorização de 15% do dólar desde outubro de 2024. Além disso, a recente decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) elevou as alíquotas fixas do ICMS, que passarão a ser de R$ 1,47 por litro de gasolina (alta de 7,3%) e R$ 1,12 no diesel (alta de 5,7%).
O economista Pedro de Cesaro explicou que o reajuste impactará diretamente o custo de vida, uma vez que os combustíveis influenciam o preço do transporte e dos alimentos. “A inflação acumulada está em torno de 5%, mas o aumento nos combustíveis é bem superior, chegando a quase 50% acima da inflação no caso da gasolina”, destacou.
De acordo com o economista, a mudança na política de preços da Petrobras também influencia os reajustes. Desde 2022, a empresa não segue mais o modelo de paridade internacional, o que gerou uma defasagem de cerca de 15% nos preços praticados no mercado brasileiro. “Embora o aumento total ainda não tenha sido repassado, é provável que esse impacto chegue nos próximos meses”, alertou o economista.
O economista considera que o reajuste representa um desafio a parte para a população e o setor produtivo, uma vez que o transporte rodoviário é o principal modal no Brasil. Portanto, na opinião de Pedro de Cesaro, os novos preços prometem pesar no bolso dos gaúchos e influenciar significativamente a inflação nacional.