A operação dos parquímetros em Caxias do Sul gera debates constantes entre motoristas que utilizam o sistema de estacionamento rotativo. Em entrevista à Rádio Caxias, representantes da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM) e da empresa Rek Parking esclareceram pontos sobre o funcionamento e a destinação dos recursos arrecadados. Conforme o agente de trânsito do setor de cadastro da SMTTM, Rodrigo Tolves, a arrecadação mensal gira em torno de R$ 1 milhão.
Desse total, 33% ficam com a Prefeitura, por meio de outorga, e são destinados ao Fundo Municipal de Transportes (Funtran), responsável por subsidiar parte do transporte coletivo, e à Fundação de Assistência Social (FAS), que recebe um valor fixo de R$ 189 mil mensais. Tolves explica que o sistema conta, atualmente, com 3.229 vagas, entre zonas azul e verde, e atende a uma frota estimada em quase 400 mil veículos na cidade. Conforme ele, a arrecadação está diretamente atrelada ao número de veículos que utilizam os espaços.
Ainda segundo Tolves, 90% dos pagamentos são feitos de forma digital, por meio do aplicativo Rek Pay, enquanto apenas 10% ocorrem presencialmente, seja pelos parquímetros físicos, em pontos de venda ou diretamente na sede da Rek Parking. Outro fator destacado é o pagamento em moedas, que está praticamente em extinção, correspondendo a apenas 1% dos registros. Uma mudança recente também foi implementada, o tempo de tolerância após estacionar para adquirir o ticket, que antes era de cinco minutos, passou para sete minutos.
De acordo com o diretor comercial da Rek Parking, Éder Vasconcelos, Caxias do Sul foi a primeira cidade onde a empresa atuou na gestão de estacionamento rotativo. Ele destaca que todo o custo operacional e de manutenção do sistema é de responsabilidade da empresa. O contrato vigente com o município tem validade até 2032.
Além disso, segundo a Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade, houve um aumento significativo no número de furtos das baterias dos parquímetros. Desde o início do ano, foram registrados 37 furtos, sendo 32 somente nos primeiros dias do mês de junho.
Conforme a pasta, cada equipamento danificado representa um custo médio de R$ 800, valor necessário para reparar e substituir as partes violadas. Os danos tornam o parquímetro inoperante, impedindo que os condutores retirem os tickets de estacionamento nesses equipamentos. A SMTTM ainda alerta que, mesmo que os parquímetros estejam inoperantes, é obrigatório o pagamento da tarifa de estacionamento pelos outros meios disponíveis.