O Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1975. A data remonta ao início do século 20, marcada por protestos e reivindicações em prol da igualdade de gênero. A data evoca ainda a memória das mulheres que, nas fábricas dos Estados Unidos e de alguns países da Europa, enfrentaram condições de trabalho desumanas. Em 25 de março de 1911, um trágico incêndio em uma fábrica ceifou a vida de 146 mulheres, a maioria delas imigrantes judias, algumas ainda na adolescência.
Apesar das adversidades, as conquistas femininas ao longo dos anos são indiscutíveis. O direito ao voto, o acesso à educação e o ingresso no mercado de trabalho foram marcos importantes, oferecendo oportunidades de desenvolvimento pessoal, profissional e intelectual. Mulheres agora ocupam uma variedade de profissões e cargos de liderança, antes reservados predominantemente aos homens. Além disso, leis e políticas foram implementadas em muitos países para combater a discriminação de gênero, garantindo igualdade salarial, proteção contra assédio sexual e violência doméstica.
Embora haja progresso, as questões femininas continuam sendo um ponto de preocupação. A pressão por padrões de beleza e os questionamentos sobre o corpo ainda persistem, refletindo a necessidade contínua de desafiar os estereótipos e normas impostas pela sociedade. Apesar dos avanços, a jornada pela igualdade de gênero está longe de ser concluída, exigindo esforços contínuos e conscientização para superar esses desafios.
É sobre a continuidade por essa luta, e em nome de todas as mulheres, o dia 8 de março se torna a perspectiva de novos recomeços, significados e motivação para que cada vez mais mulheres ocupem lugares onde mereçam e desejam estar.
Com o intuito de lidar com as próprias questões pessoais, de corpo e psique, e desmistificar esse estigma, nasceu a exposição Históricas – Olhares sobre Corpos, criada pela fotógrafa, ilustradora, artista plástica e artesã caxiense, Deise Lume. A exposição une assim, bordado e fotografia como manifesto pela retomada do protagonismo da mulher sobre sua própria história.Conforme a artista, a exposição retrata uma vivência pessoal e que deixou marcas.