O estado do Rio Grande do Sul estima prejuízos na ordem dos R$ 62 bilhões. O alto volume de investimentos, necessário para reerguer o Estado, é vital para tenta evitar uma paralisia fiscal no RS. Neste sentido, o Governo do Estado pediu socorro à União, a fim de obter os recursos necessários e que permitam receita semelhante à do ano passado. Assim como, pleiteia também um programa público para manutenção de empregos no RS. Questões que na opinião do senador Espiridião Amin (PP/SC), são vitais para a reconstrução econômica do Estado.
Tanto é que o senador esteve reunido, recentemente, em Canoas com o governador do RS, Eduardo Leite, e na companhia de outros senadores, que também compõe a comissão parlamentar temporária externa, constituída no Senado, com a finalidade especial de representação do Estado, diante da situação de calamidade pública, decretada pelo governo. O senador acredita ser preciso, neste momento, uma união de esforços e, para isso, ele utiliza uma expressão em inglês “Build back better”, ou simplesmente, construir de novo melhor, em tradução livre. Sentimento que expressaria bem o que precisa ser feito neste processo de reconstrução do Estado.
Conforme o senador, medidas emergenciais já foram adotadas e são a primeira resposta para salvar vidas e aliviar o sofrimento das pessoas atingidas pelo desastre. Contudo, agora, a preocupação inicial daria lugar a reconstrução desses territórios devastados, principalmente, evitando essa retomada em locais já sabidamente vulneráveis. Na opinião dele, essa resiliência teria a ver com saber adotar soluções urbanas melhores, a partir do cenário catastrófico vivido.
Segundo o senador, este conceito americano envolveria um planejamento urbano mais sustentável, a exemplo da construção de piscinões, área de transbordo e cidades esponja. Estratégias já implementadas em diferentes lugares do mundo, na recuperação de comunidades atingidas por desastres ambientais.
Amin teve sua vida pública também conhecida como governador de Santa Catarina que precisou reconstruir o Estado depois das fortes cheias de 1983. Há época, eram 199 municípios em Santa Catarina, desses em torno de 162 declararam o estado de calamidade pública. Mais de 200 mil pessoas foram desabrigadas por conta das enchentes, provocadas pelas fortes chuvas e o transbordamento dos rios, como por exemplo, o rio Itajaí-Açu que subiu 15 metros à cima do seu normal.