O governo do Rio Grande do Sul está em constante diálogo com os governos federal e estadual para enfrentar a situação de calamidade pública que afetou 95 cidades gaúchas e outros 350 municípios em maio deste ano, que ficaram em situação de emergência. Diversas ações já foram implementadas para minimizar os desafios, que são imensos, e possivelmente não serão resolvidos completamente em 2024. Essa é a opinião do prefeito de Barra do Rio Azul, Marcelo Arruda, que também preside a Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
Segundo o presidente da Famurs, entre os principais desafios está a reconstrução de 35 mil moradias, das quais cinco mil já foram entregues pelo governo federal, graças à iniciativa do presidente da República em adquirir imóveis prontos de construtoras. Contudo, ainda há um déficit de 30 mil moradias para atender todas as famílias do Estado, além de mais de 14 mil residências que estão localizadas em áreas de risco. Na opinião do dirigente, “a moradia é vista como um bem precioso e essencial para a dignidade das famílias, e a resolução desse problema, portanto, deve ser uma prioridade”.
Conforme Marcelo Arruda, outro grande desafio são as estradas rurais. O presidente da Famurs disse que uma pesquisa realizada com os 497 municípios do Estado identificou 700 mil quilômetros de estradas vicinais, das quais 500 mil foram danificadas pela enxurrada de maio. E que as prefeituras, com recursos próprios, não conseguiriam realizar toda a manutenção necessária. Sendo assim, de acordo com Arruda, e em resposta, o governo estadual liberou 500 mil horas-máquina para os municípios em calamidade. Nos últimos 20 dias, o governador Eduardo Leite teria discutido a importância de apoiar as cidades em situação de emergência. Sendo este, um trabalho constante e que exige muita dedicação para recuperar os municípios do Rio Grande do Sul.
Neste sentido, o presidente da Famurs disse que o governo do Rio Grande do Sul anunciou a prorrogação do prazo para a submissão de projetos de reconstrução até o dia 27 de setembro. Inicialmente, o prazo era até 27 de agosto, mas foi estendido a pedido do governador e do secretário da Reconstrução, Pedro Capelo.