Nesta quinta-feira (16), a Operação Taquari completa duas semanas de auxílio à população gaúcha atingida pelos temporais e pelas enchentes. A medida é uma força-tarefa que reúne agentes da Marinha, do Exército e também da Aeronáutica, a fim de empreender ações humanitárias no Estado. Tendo como premissa básica a agilidade no atendimento às vítimas das enchentes, que no Rio Grande do Sul já somam mais de 2 milhões de pessoas, distribuídas em 445, dos 497 município gaúchos.
A cheia de rios, sem precedentes no Estado, e que só perde para a enchente de 1941, registrada em Porto Alegre, exigiu das Forças Armadas ações emergenciais, no primeiro momento. Porém, agora, elas estão mais estruturas e contam com o apoio, inclusive, logístico do Centro de Coordenação de Operações (CCop). Quem explica é o subchefe deste núcleo operacional, e que também está à frente da coordenação da Operação Taquari, o coronel Jader Roger Severo Demorá.
O subchefe do CCOp ainda destaca as principais ações realizadas, até o momento, entre elas: resgates; buscas de desaparecidos; apoio logístico, inclusive, na Serra Gaúcha, com a criação de um quartel-general no Aeroporto Hugo Cantergiani; organização de depósitos de doações; transporte de suprimentos; distribuição de alimentos e água; auxílio na retomada da energia elétrica, sinal de internet e telefonia; e, ainda, a montagem de sete Hospitais de Campanha. O coronel também explica que esses atendimento têm se dividido em quatro epicentros principais, nas regiões do Vale do Taquari; área Central, próximo a Santa Maria; Vale do Jacuí, próximo a Monte Negro; e região Metropolitana de Porto Alegre.
De acordo com o Coronel Jader, a Operação Taquari iniciou, oficialmente, no dia 02 de maio, contudo, as primeiras ações, emergenciais, já começaram no dia 29 de abril. Até esta quinta-feira (16), o Rio Grande do Sul contava com o reforço policial de 17 mil homens das Forças de Segurança. Além disso, vieram para o Estado 72 aeronaves que têm sido vitais no resgate de moradores, e que se encontram em áreas de difícil acesso, a exemplo da região metropolitana de Porto Alegre e no Vale do Taquari.
O Governo Federal também já mobilizou 271 embarcações, 2.700 viaturas e o maior porta-aviões do país, para atuar como hospital.